[(calhau)]
hoje acordei com um peso morto nas costas
andei de vagarinho até que me sentei
enrolei uma toalha e arrastei-me para a casa de banho
mergulhei numa água fria e tépida
tentando enviar pelo ralo essa dor azul
um corredor sem fim aparente leva-me para a luz
a luz de uma manhã quente que nos enche
só aí me esqueci da dor, daquele peso incolor
vi praias em lugares distantes
viajando à velocidade da luz sem um destino concreto
acordei com o toque do telefone... era a minha tia!
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